Candidato do PSD a Almada aponta experiência política como "mais-valia"

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"A experiência que adquiri enquanto autarca, deputado nacional e europeu, podem ser e conter os ingredientes necessários para operar a mudança que os almadenses gostariam de ver acontecer no concelho", disse à agência Lusa Hélder Sousa e Silva, que hoje à tarde apresenta oficialmente a sua candidatura.
O social-democrata e atual eurodeputado, de 59 anos, foi presidente da Câmara de Mafra (distrito de Lisboa) de 2013 a 2024, quando renunciou para assumir o cargo de eurodeputado, uma vez eleito nas listas da AD (Coligação PSD/CDS-PP).
Hélder Sousa e Silva admitiu que a sua ligação a Almada "não é de longa data", mas aceitou o desafio "que veio do nível nacional do partido" para operar uma mudança num concelho onde o PSD no passado não era alternativa".
Apesar de "não ter uma grande ligação" ao concelho, o candidato afirmou "conhecer medianamente a sua realidade e os problemas", devido aos cargos que desempenhou enquanto vice-presidente da Área Metropolitana de Lisboa e da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Hélder Sousa e Silva elencou cinco grandes temas "como objetivos prioritários" da candidatura, nomeadamente os problemas da saúde, da mobilidade interna e entre Almada e Lisboa, da habitação, a limpeza urbana e a atração de turismo e de investimento.
"A saúde é uma prioridade, não só dos almadenses, mas também da nossa candidatura, em paralelo com a questão da mobilidade, um dos grandes temas que, não obstante as obras que foram feitas recentemente, continua a ser um tema fundamental", apontou.
Já a habitação, adiantou, um tema transversal a todo o país, no concelho o problema acentua-se "com a falta de habitação para os jovens e para as famílias que vivem em bairros de barracas".
"A par de tudo isto, a questão da limpeza urbana e a questão do urbanismo são temas que não poderei deixar de elencar como prioridades, a par do turismo e da atração do investimento", notou.
Hélder Sousa e Silva disse que aceitou o desafio para encabeçar a lista do PSD à presidência da Câmara de Almada, dado ser "um homem de causas e depois de um longo período de reflexão e ponderação com a família".
"Aceitei com todo o sentido de missão, porque o PSD é a alternativa aos oito anos de governação socialista e, para os almadenses, no dia 12 de outubro, terem a oportunidade de escolherem se querem de facto uma Almada diferente, transformada, de primeiro mundo ou se querem continuar como a Almada da outra margem com muita suburbanidade, com muita coisa por fazer e com um potencial brutal", concluiu.
A corrida à presidência da Câmara de Almada, no distrito de Setúbal, liderada pela socialista Inês de Medeiros desde 2017, tem, para já, cinco candidatos conhecidos, entre os quais a atual presidente, que se recandidata a um último mandato.
Embora ainda não tenha apresentado publicamente a sua candidatura, o nome de Inês de Medeiros foi aprovado pela Comissão Política de Almada do PS.
A CDU (coligação PCP/PEV), que esteve à frente dos destinos do município até 2017, apresenta como cabeça de lista o professor e autarca local Luís Palma, o Bloco de Esquerda (BE) a socióloga e ex-deputada na Assembleia da República Sandra Cunha e a Iniciativa Liberal (IL) o gestor Carlos Alves.
O atual executivo é composto por cinco eleitos do PS, quatro da CDU, um do BE e um do PSD. Tanto em 2017 como em 2021, PS e PSD fizeram um acordo para formar uma maioria absoluta no executivo.
O concelho de Almada tem perto de 184 mil habitantes, distribuídos por 70 quilómetros quadrados, segundo o Instituto Nacional de Estatística.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
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